Perdômetro!

Perdômetro!

Ontem cometi o descuido de estacionar o carro num local duvidoso. Não deu outra, foi rebocado! Ô sentimento ruim quando descobri. De cara me culpei, em seguida culpei o poder público que deveria coibir coisas piores; depois culpei o guardador, que podia ter me avisado do perigo, e por aí afora.

E com aquele peso na alma de repente percebi como este fator culpa é prejudicial, tanto em relação aos outros como comigo mesmo. E recordei que meu índice normal de falhas não é zero, como também o das outras pessoas.

Relutante, admiti que a prefeitura tem sua razão e que o pobre do guardador estaria fazendo coisa mais nobre se tivesse tido melhores chances na vida. E aí entra o fator perdão, a divina arte de absolver quem me contraria. Que alivio senti! Só então me senti apto para tomar as providencias para resgatar o carro.

Moral da história: diante dos reveses que sempre ocorrem, é mais sábio abandonar CULPAS e acusações, ativando o senso de PERDÃO que gera otimismo, bom humor e principalmente tolerância, permitindo que as energias sejam aplicadas para solucionar os problemas.

Resumindo, o que importa é ter ativado o senso do PERDÃO para enfrentar os desafios que nossa irrequieta alma demanda. Pode-se vencê-los com mais ou menos dor emocional. A escolha é minha e é sua. Seu “perdômetro” está devidamente calibrado?

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