Na condição de lifecoach, sempre me perguntam como manter a serenidade diante do incessante bombardeio de informações e notícias duras que nos acometem diariamente, sem o risco da alienação do mundo real. De coração, geralmente respondo contrapondo outra pergunta. Quanto tempo você investe diariamente em silêncio interior, tipo se concentrar apenas na respiração ou optar por uma “dieta de mídias”? E as respostas surpreendem. Alguns estranham a prática da respiração, outros alegam “não ter tempo para respirar”. Estar vivo sem respirar, pode?? Há quem diga poder ver os JNs e novelas da TV sem se intoxicar, ou manter-se conectado o dia todo e conseguir manter foco em coisas essenciais. Duvido muito. Mas o que é essencial, volto a perguntar. Aí as respostas são ainda mais curiosas. Dizem, essencial é ter paz interior, fazer bem aos outros, não se importar com as tragédias diárias, pensar positivo, etc. É interessante como o papo volta ao início, ou seja, a calma mental que define serenidade passa longe, sem nem se darem conta que são cativos da Síndrome do Pensamento Acelerado, como diz Augusto Cury. Em suma, a serenidade decorre de um exercício de seletividade mental. Mas quem topa fazer isso diariamente?